terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Batalha de lápis de cor


Meu coração
Sofre
Minha vontade
Suplica
Pois é demais para mim
Demais para muitos
Saber que isto não tem um fim
Crianças que nada têm
São criticadas
Por serem alguém
Nós que tudo temos
Por dentro
Não somos ninguém
É revoltante
E o grito da revolta revoltou-se
Era brilhante se houvesse um “acabou-se”
Mas não
Tudo é constante
E esta discriminação
É deveras ignorante
Toda a gente fala
Mas ninguém quer saber
É tudo lixo
Mas eles acabam por sofrer
A cor não é importante
Pois o carácter é que devia sobressair
Mas numa palavra, num instante
Muitas pessoas deixam de sorrir
O nosso gozo
É eles serem diferentes
Mas não nos lembramos que nós é que somos iguais
Pois eles marcam pela diferença
E nós por anormais.

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